Na cadeira do pai

por Ariane Abdallah
Tpm #109

Tpm visitou o set de A Cadeira do Pai, filme protagonizado por Mariana Lima e Wagner Moura

Tpm visitou o set de A Cadeira do Pai, filme protagonizado por Mariana Lima e
Wagner Moura, com lançamento previsto para o ano que vem – e conta aqui
detalhes dos bastidores

“Filme de adulto”. É assim que Mariana Lima e Wagner Moura, os protagonistas, se referem ao A Cadeira do Pai, dirigido por Luciano Moura e produzido pela O2. Para interpretarem um casal, pais de um adolescente, eles leram o roteiro e ensaiaram exaustivamente antes de começarem as gravações entre Paulínia e Campinas, no interior de São Paulo. “É um filme denso, que fala de perdas e separações”, antecipa ela.

A casa que serviu de cenário para a vida íntima dos personagens fica em Campinas. E foi lá que esta repórter acompanhou as filmagens de algumas cenas no final do mês de abril. Entre câmeras, fios e dezenas de profissionais trabalhando, a casa tinha sofá, mesa de jantar, piscina, como qualquer outra casa habitada por uma família de verdade. A olho nu, não dava nem para perceber que algumas pedras que decoram a parede da sala eram de isopor, por exemplo, colocadas pela produção do longa. Sobre os móveis, fotos de Wagner, Mariana e o filho dos dois – ou melhor, dos personagens Theo, Branca e seu filho, Pedro. Em uma delas, o garoto aparece pequeno, assoprando a vela do bolo de aniversário, ao lado dos pais. Em outra, Mariana está vestida de noiva e sorridente, com cara de 20 e poucos anos.

O responsável pela volta no tempo é o mexicano Martin Trujillo, maquiador que também foi responsável pela aparência de capitão Nascimento, nos dois Tropa de Elite. Enquanto ele pinta seu rosto, Mariana segura o iPod na mão, tocando Steve Wonder, entre outros artistas. Ela usa um vestido roxo, comprido e larguinho e aposta com as figurinistas que vão conseguir emplacá-lo em cena. Porém, quando chegam ao set – a piscina da casa –, Luciano, o diretor, veta gentilmente. Mariana volta, então, com um modelo até os joelhos, de flores e fundo escuro. Agora sim, tudo certo.

Emoções maduras

Entre uma cena e outra, a atriz deita em um colchãozinho no chão do camarim. Não dorme bem há dias, se revezando também entre São Paulo (onde está na peça Pterodátilos até fim de maio), Rio de Janeiro (onde grava a novela das seis da Globo, Cordel Encantado, e encontra a família). Qualquer 15 minutos lhes são preciosos.

Wagner Moura chega para a próxima cena. Veste calça social e camisa, passa pelos ajustes visuais com Martin e “ação”. Há um clima de emoção e reconciliação na conversa dos personagens. Intimidade de quem se conhece há anos. E formalidade de quem se magoou há dias.

Apesar de os dois atores sempre se encontrarem na porta da escola onde estudam as filhas dela (Elena, 6, e Antonia, 3) e o filho mais velho dele (Bem, 5), é a primeira vez que dividem a cena. “Tinha muita vontade de conhecê-la, de trabalhar junto com ela e com Kike [o ator Enrique Díaz, marido de Mariana]”, revela Wagner à Tpm. “Estou encantado com ela. É uma atriz muito honesta, verdadeira, deu o tom do filme. Não tem vaidades bestas, é legal de trocar, de conversar. E por ser um ´filme de adulto´, de emoções maduras, não poderia ser uma atriz menos madura do que a Mari”, opina.

Para saber mais sobre a história que eles estão construindo, aguarde o lançamento do filme, ainda sem previsão de estreia. Mas para saber mais sobre Mariana Lima, e só ler as Páginas Vermelhas da Tpm#109.

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