por Bruna Bopp
Tpm #104

Ao se mudar para a casa do marido, Valérie Ciriadès deu um ar mulherzinha ao canto dos dois

Há dois anos, ela abriu espaço no armário dele para colocar suas roupas. Também espalhou seus livros, filmes e heranças de família pelas prateleiras, por cima das cadeiras, no móvel da cozinha. “Este era um típico apartamento de homem solteiro. Dei um toque feminino, ficou tudo mais quente”, sintetiza a estilista Valérie Ciriadès, 30 anos, sobre o canto que agora chama de nosso – em um prédio dos anos 80 no bairro paulistano dos Jardins, que divide com o fotógrafo e diretor Luiz Gustavo Dias.

Hoje o lençol não varia mais entre preto e branco, é florido. E o ar sóbrio e moderno se mistura à graça das flores, que ela troca de 15 em 15 dias. Sem falar das antiguidades, que trouxe da casa da mãe. Quase não há limites entre os 112 metros quadrados do apartamento, já que na reforma – feita quando ele comprou o apê – boa parte das paredes foi derrubada. “A ideia é que seja tudo uma coisa só”, explica.

Xodó da casa
Quando você entra na casa de Valérie, respira livros, respira arte. O xodó é a estante da sala recheada de obras. Os amigos, frequentadores assíduos dos almoços e jantares oferecidos pelo casal, passam horas procurando pelo que mais gostam. “Como está tudo na mão, todo mundo encontra algo interessante e pega. A intenção é essa mesmo”, diz.

Em dias sem visitas, Valérie aproveita para produzir os desenhos da marca que leva seu nome, com lançamento previsto para este mês. Para evitar a bagunça de tecidos e croquis em cima da mesa da sala, seu canto preferido, montou um escritório, que está deixando com a sua cara. Apaixonada pelo bairro, ela vive na rua. Tem restaurantes, livraria e padaria favoritos. Mas, há oito meses, um motivo maior a faz ficar mais caseira: Anuk, sua cachorrinha griffon de bruxelas. Mas brinca: “Não que precise de motivo para ficar aqui, convenhamos”.

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