Jardim de flores

por Stephanie Stupello

Lançando seu primeiro CD no domingo, a cantora Tulipa Ruiz fala sobre suas expectativas

A cantora Tulipa Ruiz lança seu primeiro disco, Efêmera, no domingo (30/05), no Auditório do Ibirapuera. O CD, feito em família, conta com a participação de seu irmão Gustavo Ruiz, guitarrista e produtor. Com o pai, o também guitarrista Luiz Chagas, Tulipa canta Sushi.

Em outubro do ano passado, a cantora deu uma entrevista para o site da Tpm. Na ocasião, o CD estava em fase de pré-produção. Ela nos conta que se tivesse gravado seu disco no início do ano passado, ele com certeza seria totalmente diferente: "Fazer esse monte de show durante o ano serviu para cristalizar o repertório. As músicas que nasceram de um jeito, depois de 18 shows acabaram tendo outra cara. Acho que gravar agora vai ser muito mais consciente, amadurecido. E que gravar, 'valendo', vai ser mais fácil."

Além de seu pai (guitarra e voz) e seu irmão (guitarra e voz), estarão no palco: Márcio Arantes (baixo, baixo synth e voz), Duani (bateria), Stéphane San Juan (percussão e bateria), Dudu Tsuda (piano e teclados) e Donatinho (synth).

Para a Tpm, Tulipa conta quem mais veremos ao seu lado no palco, e fala de seu disco, que é pura poesia, não só nas letras, mas no encarte:

Em entrevista ao site a Tpm, no ano passado, você falou que pretendia colocar várias participações especiais no CD...
Desde o início eu não pensava em participações gratuitas. Ou que de alguma forma alterassem o espírito do grupo. Mas elas acabaram sendo várias e em níveis diferentes. Em termos musicais: Kassin, aqui como baixista, Stéphane San Juan e Donatinho tocam em duas faixas; Thalma de Freitas, Céu e Anelis Assumpção, que formam o Negresko Sis, estão em "Efêmera"; Tiê, Juliana Kehl, Leo Cavalcanti, Mariana Aydar e Tatá Aeroplano fazem um coro bárbaro em "Pedrinho"; Iara Rennó está em "Brocal Dourado"; Zé Pi, do Druques, canta "Só sei dançar com você". Em termos plásticos: havia pensado em fazer as ilustrações, mas logo veio a idéia de trazer gente para o disco e eu me limitei à capa. Assim Karina Buhr, Rômulo Fróes, Érika Machado, Alexandre Órion, amigos e gente da família me mandaram seus desenhos de flores. A participação da artista plástica Edith Derdik e de Ná Ozzetti muito me orgulha. É que fui muito influenciada pela música do Grupo Rumo, do qual Ná fazia parte, assim como pela arte das capas, algumas criadas por Edith. Finalmente há o desenho do argentino Gustavo Aimar que conheci pelo Flickr. O resultado é mais uma celebração do que fizemos juntos do que a realização de um projeto específico.

De onde veio o nome do CD?
O primeiro nome foi "Pontual", uma outra música. De repente Efêmera, que havia feito com Gustavo e esquecido, ressurgiu com tanta força que foi a primeira a ser gravada. A palavra em si é mais usada no sentido de momentosa, atual, do que de meramente passageira. Até lembra Vinícius "infinita enquanto dura".

Como estão tuas expectativas para o show?
Super ansiosa. As surpresas irão acontecer por conta do entrosamento cada vez maior entre os envolvidos, o que faz com o trabalho fique vivo. Espero que nosso trabalho seja bem recebido e que agrade as pessoas na medida em que nos agrada. Tocar em um lugar como o Auditório Ibirapuera, contando com a simpatia e a atenção da mídia é uma exposição e tanto. Estamos todos na vibração de uma experiência positiva.

Vai lá:
Quando: domingo (30/05), às 19h
Onde: Auditório Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portão 2 do Parque do Ibirapuera, Ibirapuera, São Paulo, São Paulo)
Quanto: R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada)

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