por Redação

Contra o projeto de lei que determina o vagão rosa no transporte público do estado de São Paulo, grupos se organizam na internet e na rua

Hoje, às 17h na Praça do Ciclista, em São Paulo, será realizado um segundo ato contra o polêmico "vagão rosa". A manifestação pretende pressionar o veto do governador Geraldo Alckmin.

Na página do evento no Facebook, o grupo Contra a segregação, vamos fazer revolução escreveu: “Nós, mulheres e usuárias do transporte público, questionamos a eficácia dos vagões que nos segregam com o suposto intuito de nos proteger. Nosso direito de ir e vir não deveria ser restrito quando homens e mulheres são cidadãos iguais perante a lei. O "vagão rosa" é uma medida de segregação vergonhosa para um país que, há poucos meses, se chocou com os dados do Ipea divulgados pela pesquisa 'Tolerância social à violência contra as mulheres'. No imaginário social, as mulheres ainda são culpadas pelas agressões que sofrem, o que leva as vítimas ao constrangimento e medo de denunciar.”

Em 4 de julho, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou o projeto de lei 175/2013, de autoria do deputado estadual Jorge Caruso, que obriga as empresas de transporte urbano a criarem, no mínimo, um vagão em cada composição para uso exclusivo de mulheres em trens e metrôs. O objetivo, segundo o projeto, é minimizar “dentro do possível” casos de assédios sexual registrados no transporte público do estado. Para ler o texto na íntegra: http://ow.ly/zAW76 

Em resposta à aprovação do projeto, na última quarta-feira, 24 de julho, aconteceu o primeiro ato “Contra o assédio, vagão rosa não é remédio”, organizado pelo coletivo RUA - Juventude Anticapitalista. No dia, cerca de 200 pessoas participaram da manifestação, que aconteceu em frente à Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos, na região central da capital.

A partir da aprovação na Assembleia Legislativa, o governador Geraldo Alckmin tem 15 dias úteis para sancionar ou vetar a proposição. Ou seja, ele precisa decidir até hoje, 25 de julho.

Com a intenção de pressionar Alckmin, a ferramenta on-line Panela de Pressão, do site Minhas Cidades, pede que cidadãos lotem a caixa de e-mails do governante e os ajuda na tarefa. Para Ana Livia Arida, criadora da mobilização virtual, questiona: “Além de discriminatória, a medida é ineficaz.

Primeiro, as mulheres são 58% dos usuários do metrô e nunca caberão todas em um vagão. Segundo, parece uma punição, pois inibe que as mulheres usem o transporte público livremente, culpa a mulher e premia o agressor. Afinal, se um vagão é das mulheres, os outros são de quem?”.

Vai lá: Para pressionar Alckmin usando a Panela de Pressão: http://ow.ly/zATzL

Para participar do “Segundo Ato contra o Vagão Rosa - O espaço público é das mulheres!”: http://ow.ly/zATFw

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